sábado, 2 de maio de 2009

As estrelas ainda estão lá



Há dois dias atrás, olhei para o céu e vi tantas estrelas que lembrei de um momento da minha vida muito louco. Quando eu era menor, jurava que seria ASTRÓNOMA. Sim, porque se amava tanto as estrelas queria estar mais perto delas. E aí passei bons anos da minha vida acreditando que hoje estaria na NASA. Até que veio a querida física e me fez me despedir do meu sonho. E sinceramente foi muito frustrante, naquela época, perceber que eu não poderia entender o que eu mais admirava. De formas e disformas, eu só queria conhecer o que me encantava com mais clareza.
Hoje sou totalmente o oposto do que um dia pensei ser. E hoje sou totalmente feliz com minha escolha, que não veio dos meus olhares para o céu. Posso dizer que a física me fez um bem tremendo e agradeço por ela ter aparecido em meu caminho.
Mas o que mais me alegra é entender que hoje eu não vejo as estrelas de forma racional, como uma astrónoma. Eu ainda vejo a poesia das estrelas, que era exatamente o que sempre me fascinou. E sou capaz de escrever um pouco sobre elas, não pelos seus cálculos, razões e aparições. Apenas pela graça, pelo o que me fez olhar para o espaço e viajar nos meus pensamentos de garota. E no fim, continuar perto delas.